A eleição de elementos geométricos por artista plástico é uma ocorrência que, desde as mais remotas eras, marcou momentos precisos em toda a longa História da Arte.
Nos tempos atuais, essa opção pelo desenho, pintura e escultura (chamados abstratos) com formas criadas sob o rigor do pensamento racional, elevou os produtos artísticos (chamados não figurativos) a um nível altamente intelectualizado.
No Brasil tivemos inúmeros movimentos da maior importância que marcaram nosso meio artístico. O geometrismo abstrato, o concretismo, a geometria sensível, "op-art", etc. Criou-se um vasto universo estético de formas, cores, pulsações rítmicas onde sem dúvida, destacaram-se e celebrizaram-se vários artistas.
É neste universo que vemos a pintura de Betty Bettiol. Não apenas como resultado de linhas traçadas com régua, esquadros e pincel. São formas elaboradas, e construídas que surgem de sua criação impregnadas de um propósito pensado para nos comunicar uma sensível harmonia plástica.
Suas cores, seus módulos e repetições inteligentemente propositadas vão surgindo e sendo distribuídas harmonicamente em suas telas, transmitindo-nos uma visão que proporciona um especial prazer à sua contemplação. É quando a obra se desenvolve com intensidade, equilíbrio e limpidez, criando uma emoção resultante de suas soluções formais. Porque são justamente essas constâncias rítmicas, moduladas em formas e cores, que constituem, principalmente, o estilo e a linguagem muito pessoal da artista.
Arcangelo Ianelli
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