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AS QUATRO ESTAÇÕES
"O meu trabalho é afetado queira ou não por eu estar há um ano e meio em muito contato com a natureza, vivendo as quatro estações do ano intensamente. Elas terminam tocando o meu trabalho.
Normalmente as coisas não acontecem no plano consciente, elas acontecem no plano inconsciente. Faz parte do universo do percurso do homem ir a busca do abrigo e da segurança, um lugar que ele identifique. E o meu trabalho acaba refletindo tudo o que ele conhece e identifica.
O meu trabalho é o inverso do percurso do homem. Sai de casa, da caverna e vai para a natureza de novo. É um trabalho peregrino. Ele é afetado pela maneira de ser da própria natureza.
Nós humanos lidamos com o espaço. Podemos nos locomover, somos livre no espaço. O vegetal lida com o tempo, ele tem uma existência muito maior. Ele é livre no tempo. Ele é capaz de interromper a germinação da semente, que no fundo é uma gravidez interrompida, para germinar num momento propício.
Quando deixo meu trabalho nos campos, nas florestas, nos leitos de rio seco, ele não somente capta o elemento físico, espacial, mas o elemento energético. Quando ele está na natureza, vai se identificando, e ela vai reagir a esse corpo.
A proposta do meu trabalho é ir além das quatro paredes que o protege, mas de usar o espaço e ir além. Ir além das quatro paredes e ser afetado pelas condições do tempo, pelas circunstâncias como dizia Ortega e Garcez.
No círculo de um ano, onde a natureza vai trabalhando junto comigo. Seria uma parceria com a Imaculada Conceição, a terra, que ajuda a trabalhar o corpo ali presente, ajudando na transformação do trabalho como se fosse uma semente, que no final de um ano vai me dar o fruto."
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