Início Biografia Livros Biblioteca Pólen Materias e Críticas Fotos E-mail |
Novolume nítido céu Nítido céu plural estacionado no ângulo das nucas que flexionam alguns anjos pedestres como somos ao empinar narizes sem soberba (e sem cobiça, como disse Goethe) naquela direção: noite estrelada, passeio para os olhos mas abismo para a imaginação, essa coitada. Página declarada e liso texto que as aspas, reticências ou metáforas em vão povoam, tentando supri-los de infinitos portáteis. Tabuleiro de perigosos lances, inocente. nunca sempre Procurei inutilmente por um único objeto que fosse a um só tempo expressivo e quieto, inútil e completo como costuma ser somente aquilo que é correto e quando vem ao caso, mas nunca sempre, aquieta as irrequietas intenções e irresponsáveis gestos falsamente coerentes e apreciados nas festas onde o deus Pã, de tão sóbrio, jamais se manifesta. fuga em dor menor O tempo passa, no tempo se estilhaça a água no rosto do meu bem, a água lava, suas folhas brandas abrandam o meu rosto, ou é o meu bem que me abranda. O rosto da água é frio, no tempo e no seu rosto, e o tempo, gota a gota, encharca o nosso quarto, onde está posto como uma rede, o amor, meu anjo brando, consolando, como se fosse a água, o tempo que passou com mais cuidado entre a flor dos teus olhos e as palavras que aqui lhes endereço, esperançoso. (1967) capa Waltercio Caldas editora Iluminuras ano 1997 |
BRASIL © 1998-2014, ART-BONOBO.COM / Fale Conosco |